Oficina da Fundação Joaquim Nabuco inclui aulas teóricas e práticas e segue até amanhã
A Oficina de Conservação Preventiva de Acervos organizada pela CEPAL- Imprensa Oficial Graciliano Ramos e ministrada por técnicos da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), iniciou hoje a parte prática com obras do arquivo do Diário Oficial do Estado, que em janeiro de 2012 completa 100 anos. O curso é fruto de uma parceria entre as duas entidades e tem como públicos-alvo profissionais que trabalham com acervos documentais ou bibliográficos.
“Um dos nossos principais objetivos desta capacitação é a valorização do servidor. Além disso, é uma ótima oportunidade para a troca de informações e experiências, já que abrimos vagas não apenas para funcionários da Companhia, mas também para outros especialistas do Estado e de entidades afins”, afirma Moisés de Aguiar, diretor presidente da CEPAL – Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
Um dos principais objetivos da oficina é fornecer conceitos e práticas sobre o arquivamento preventivo de obras de arte, fotografias, livros, filmes, fitas e discos magnéticos. Com o término das aulas amanhã (27), os participantes estarão capacitados para considerar o valor do processo de conservação e entender quais são as causas para a degradação dos materiais.
No primeiro dia de oficina os alunos revelaram suas expectativas e entraram em contato com conceitos e objetivos do curso. Também tiveram palestras sobre os acervos, causas da degradação dos materiais e as condições dos edifícios e salas que abrigam os objetos. “O curso é muito importante para profissionais da área de biblioteconomia por tratar da conservação do nosso material de trabalho”, disse uma das alunas, a bibliotecária e coordenadora da Biblioteca do Serviço Social do Comércio (SESC), Patrícia Nemézio.
A ideia é que os participantes possam encarar as ocorrências no dia-a-dia das instituições detentoras do acervo: “Nós esperamos que a própria rotina das instituições ajude no processo de conservação para que não seja necessário o uso de outras alternativas, como a restauração.”, disse um dos instrutores da oficina, Antônio Carlos Duarte Montenegro, Coordenador Geral do Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte).
Segundo o instrutor, o processo de restauração é muito traumático para qualquer tipo de acervo: “O material restaurado recebe novos elementos e isso altera a sua originalidade”. Além de Antônio Carlos, fazem parte do trio de instrutores o restaurador do Laborarte, Givaldo Batista e Vânia Lúcia Cândido, restauradora com experiência em tratamento de acervos institucionais.
No grupo de alunos estão presentes os funcionários da área de Arquivo da Cepal, representantes da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento (SEPLANDE), da Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), do Serviço Social do Comércio (SESC), da Fundação Teotônio Vilela.
De acordo com Antônio Carlos Montenegro, fornecer o conhecimento necessário para a conservação dos acervos históricos é uma meta institucional da FUNDAJ. “Nós consideramos isso importante para o desenvolvimento da região nordeste. O objetivo principal é capacitar as pessoas para o manuseio e uso dos materiais, contribuindo dessa forma para sua estabilidade física”, revelou.
Imprensa Oficial Graciliano Ramos 